E contou-lhes também uma parábola sobre o dever de orar sempre, e nunca desfalecer,
Dizendo: Havia numa cidade um certo juiz, que nem a Deus temia, nem respeitava o homem.
Havia também, naquela mesma cidade, uma certa viúva, que ia ter com ele, dizendo: Faze-me justiça contra o meu adversário.
E por algum tempo não quis atendê-la; mas depois disse consigo: Ainda que não temo a Deus, nem respeito os homens,
Todavia, como esta viúva me molesta, hei de fazer-lhe justiça, para que enfim não volte, e me importune muito.
E disse o Senhor: Ouvi o que diz o injusto juiz.
E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, ainda que tardio para com eles?
Digo-vos que depressa lhes fará justiça. Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra( Lc 18.1-8)
Tem pessoas que pedem uma determinada coisa a Deus uma única vez e pronto; nunca mais voltam ao assunto, pensam inclusive que não precisam estar incomodando O Senhor com o mesmo pedido. Entretanto, não é isso que vemos na Bíblia, pois ela nos fala de homens e mulheres que oraram a Deus anos e anos pedindo uma benção. Isaque “orou insistentemente ao Senhor porquanto ela era estéril” (Gn 25.21). Foram 20 anos de espera e seus filhos nasceram quando ele tinha 60 anos. Ana, que também era estéril orou anos e anos para que Deus lhe desse filhos.
Jesus quer nos ensinar nessa parábola sobre o valor da insistência na oração até recebermos a resposta. Ele quer que a gente peça e confie, não importando quanto tempo isso possa demorar.
O Mestre chama a nossa atenção para o fato de que a insistência daquela viúva fez com que fosse atendida e ganhasse a causa.
No verso sete, O Senhor Jesus faz um contraste entre o juiz e Deus. Mesmo sendo um homem que não temia a Deus nem respeitava os homens, um homem vencido pelo pecado, ainda assim ele julgou o problema daquela viúva. Julgou o caso não porque estivesse preocupado em fazer justiça, mas porque ela o incomodava e queria livrar-se dela.
Mesmo o homem sendo mau dá coisas boas aos seus filhos, quanto mais o nosso Pai, Deus Santo que esta nos céus não faria justiça aos seus escolhidos? Deus não é um juiz sem consciência que recebe os processos, guarda-os em qualquer canto e depois manda arquivá-los. Uma das maiores certezas que a Bíblia nos dá é a de que Deus ouve as orações dos seus servos. Ele tem os ouvidos atentos e os olhos abertos às nossas orações.
Em 1 Jo 3.21-22, O Senhor promete que se a nossa vida estiver no altar, Ele nos dará o que pedimos. Seja qual for o problema, a necessidade, depositemos diante Dele com fé, sem desanimar. Ainda que as circunstâncias estejam contrárias sigamos em frente crendo naquele que disse “E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho” (Jo 14.13).
Devemos confiar em nossas orações. A confiança faz pedir, buscar e bater. Confiança baseada no conhecimento que temos do caráter de Deus, que é Justo, Fiel, que não pode mentir, que nunca mudou e que deu O seu Filho para que Nele sejamos mais que vencedores.
A vida cristã depende da oração e é por isso que Jesus enfatizou a necessidade de orar sempre e não desfalecer. Precisamos ter fé, o “meu justo viverá por fé” diz a Palavra do Senhor. Fé de que servimos a um Deus Vivo, Real, Poderoso; que do nada criou tudo, que trás a existência o que não existe e por isso mesmo criará para nós aquilo que temos desejado.
Não vamos desanimar na vida de oração porque a resposta esta demorando. O nosso papel é orar, orar sempre. É perseverar porque Deus nos ouve.
Paulo afirma em 1 Co4.20 que “ o reino de Deus consiste não em palavras mas em poder”. Poder vindo do Alto e que nos ajuda a vencer todas as lutas que venham surgir em nossas vidas.
Glória a Deus!!!!