quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

INTERCESSÃO



“E porque reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a tranca que está no teu olho?” ( Mt 7.3).

Somos propensos a ver os erros de outras pessoas e querer convencê-las de que somos os donos da verdade. Esse também é o “Modus operandi” da política. Mesmo entre os cristãos, essa parece ser a atitude escolhida por muitos. Existe uma gama de pessoas dentro das igrejas sempre prontas a apontar e condenar as transgressões e os defeitos dos outros, verdadeiros juízes. Dezenas de intrigas e facções acontecem no seio da igreja, da família, de casais, devido à intransigência de alguém. A verdade do outro nunca tem espaço e vai se perdendo ao longo do caminho.

 

A busca por ter razão fundamenta-se no principio de que a falha está sempre no outro. Todavia, em Mateus 7, Jesus nos adverte contra o julgamento alheio, e para isso usa a ilustração do argueiro no olho do irmão e da trave no próprio olho.

 

Abraão foi um homem destituído de um espírito julgador. Ao saber que Sodoma e Gomorra estavam sob julgamento divino, intercedeu a Deus por graça e misericórdia alegando a possibilidade de que ali pudesse ter alguns justos.

 

Precisamos ter uma vida de oração, onde a intercessão tenha prioridade, caso contrário, estaremos tão somente, exercendo um espírito de autojustificação. É necessário estarmos vigilantes e nos colocarmos na brecha para não estarmos confrontando as pessoas com os seus erros, e dessa forma não venhamos abrir valas que provoquem mais destruição.

“Busquei entre eles um homem, que tapasse o muro e se colocasse na brecha perante mim, a favor desta terra, para que eu não a destruísse; mas a ninguém achei” (Ez 22.30)         

 

sábado, 7 de dezembro de 2013

O TEMPO DE DEUS

“Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a Ele de dia e de
noite, ainda que tardio para com eles?”(Lc 18.7)


O evangelho de Marcos relata que durante uma tempestade, Jesus percebeu o quanto seus discípulos estavam cansados. Interessante que era ainda a metade da noite quando Ele os observava. E como um pai amoroso Jesus esperou. Aguardou até a hora certa, até o momento certo. O Senhor esperou até entender que era a hora de chegar e finalmente chegou. Mas, afinal, o que fazia com que aquela hora fosse a certa? Sinceramente não sei. O que fazia a hora nona ser melhor que a quarta ou a quinta? Infelizmente não sei responder. Qual será o motivo pelo qual Deus espera até acabar o nosso último centavo? Por que Deus, O todo Poderoso, espera que uma doença se prolongue por anos e anos para responder às orações que pedem pela cura? Por qual razão O Senhor permite que os Seus servos passem pelas mais diversas privações? Eu não sei.

O que realmente sei, é que Deus é Senhor do tempo, age no tempo certo e num patamar muito mais elevado que o nosso. "Porque, assim como o céu é mais alto do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos" (Is 55.8). O que posso afirmar é que Ele sempre fará o melhor e jamais deixará de exercer a Sua justiça àqueles que O buscam de todo coração. 

Creio também, que ainda que não ouçamos a Sua voz, Ele está falando. Que mesmo que não vejamos nada, Deus está agindo, e enquanto enfrentamos as nossas dores O Senhor vela por nós.


Mas este, porque permanece eternamente, tem um sacerdócio perpetuo.
Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles. (Hb 7.24-25)

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

AMAR E SERVIR



“Agora, pois, ó Israel, que é que o Senhor requer de ti? Não é que temas o Senhor, teu Deus, e andes em todos os seus caminhos, e o ames, e sirvas ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração e de toda a sua alma”


 (Dt 10.12)



O versículo acima traz consigo dois verbos de extrema grandeza: amar e servir. Não há possibilidade de servirmos a Deus se não O amarmos. Talvez por isso, repetidas vezes, O senhor ressaltou a necessidade de amá-Lo e honrá-Lo de todo o coração. É o amor que nos impulsiona a servi-Lo.  E só poderemos servir a Deus verdadeiramente se nos submetermos e obedecermos à Sua Palavra: “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama” (Jo 14.21). O alicerce da verdadeira obediência é o amor!

 

Um coração dependente e subordinado à autoridade de Jesus Cristo nos predispõe a fazer a Sua Vontade, e alguns questionamentos como: “O que vou fazer? o que me agrada realmente? o que me satisfaz verdadeiramente ou me da paz?”, não terão mais nenhuma relevância. O que nos importará realmente é permanecermos sob o Senhorio de Cristo, confiantes de que Ele sabe e escolhe o melhor para os Seus.

"Respondeu Jesus: se alguém me ama, guardará a minha palavra; e o meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada” (Jo 14.23).

 

domingo, 17 de novembro de 2013

ANDAI NA LUZ


Então Jesus lhes explicou: “Ainda por mais um pouco de tempo a luz estará entre vós. Caminhai enquanto tendes a luz, para que as trevas não vos surpreendam, pois aquele que anda nas trevas não sabe para onde vai”.(Jo 12.35)

 

Haverá um tempo que não conseguiremos distinguir mais nada. A noite virá e a escuridão aumentará ao nosso redor. Este é o tempo oportuno de estarmos sensíveis aos perigos que nos ameaçam. Precisamos deixar que O sangue de Jesus purifique “a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus Vivo”. (Hb 9.14)

 

Vivemos uma degeneração sem limites e aceitá-la  é sinal de modernidade, até mesmo entre os cristãos. A tecnologia e seus avanços desenfreados têm alterado de tal forma o ambiente à nossa volta, que é quase impossível ficarmos imunes. São armadilhas que podem ficar cada vez mais perigosas se deixarmos de observá-las devido ao fato de estarmos andando na escuridão. Será que somos realmente tão fortes e invulneráveis às seduções vigentes em nossa época? Só existe uma única possibilidade de estarmos guardados: permanecer em Jesus e caminhar em Sua Luz!

 

Precisamos urgentemente deixar certos costumes, afastar algumas coisas de nosso ambiente e evitar colocar nossos olhos em cenas pouco recomendáveis, pois só assim poderemos declarar: “pois estamos persuadidos de termos boa consciência, desejando em todas as coisas viver condignamente” (Hb 13.18)

 

Que O Espírito Santo nos dê ouvidos espirituais para ouvir e obedecer à exortação do Mestre : “Enquanto vós tendes a luz, crede na luz, para vos tornardes filhos da luz”.(Jo 12.36)

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

“TESOUROS EM VASOS DE BARRO”



Porque, mesmo quando chegamos à Macedônia, a nossa carne não teve repouso algum; antes em tudo fomos atribulados: por fora combates, temores por dentro.
 (2Co 7:5)
Meditando na vida do apóstolo Paulo após sua conversão, percebemos que o mesmo foi alvo contínuo de contendas e disputas, perseguido e oprimido pelos temores “interiores”. E não são raras as vezes que nos perguntamos por que O Senhor permitiu que o Seu servo fiel ficasse exposto a tantos problemas e dificuldades? Afinal, não custaria nada ao Deus todo poderoso guiá-lo por caminhos fáceis e agradáveis. Hoje é exatamente igual: O Senhor continua conduzindo os Seus filhos por caminhos repletos de dor, enfermidades e adversidades. Por quê? Porque é exatamente na nossa fraqueza que Deus quer revelar todo o Seu poder!
Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós.
Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.
Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;
 (2Co 4:7-9)

Era costume naquele tempo esconder tesouros dentro de vasos de barro simples – foi em vasos como esses que os Rolos do Mar Morto e outros tesouros foram encontrados. Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, quer trazer ao nosso coração a consciência de nossa fragilidade humana, tão bem representada na figura do “vaso de barro”, mas, que jamais será derrotada devido ao “tesouro” celestial que habita em nós. Ele quer que a gente creia que nas situações mais difíceis da vida há tesouros escondidos, quando por meio delas crescemos na fé e confiança em Deus.

Somos um “vaso de barro” que passa por tristezas, dor, lágrimas, aflições, perplexidades, sofrimentos... Entretanto, são justamente essas coisas que nos tornam receptivos à graça abundante de Cristo e permite que Sua vida seja manifestada em nossos corpos.

E assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na nossa carne mortal.
 (2Co 4:11)

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

SIMPLESMENTE FÉ!

 (Disse-lhes ele: Por causa da vossa pouca fé; pois em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele há de passar; e nada vos será impossível.) Mt 17.20

Está escrito no evangelho de Marcos 4:31  que o grão de mostarda “ é a menor de todas as sementes sobre a terra”. É uma semente extremamente pequena, seu diâmetro é de aproximadamente 1 mm, e no transcorrer de um ano cresce até transformar-se em uma árvore com até 3m de altura. Entretanto, esse grão pequenino e insignificante é usado por Jesus como parâmetro de uma fé capaz de mover montanhas. O Mestre quer nos ensinar que não precisamos necessariamente de uma grande fé, mas, de uma fé simples e verdadeira geradora de efeitos grandiosos! 


Diante dos problemas que teimam em não nos deixar ou quando oramos e tudo parece estar na contramão de tudo que esperamos, é natural questionarmos se é a nossa fé que está
 pequena e precisamos de uma fé maior. E Jesus se levanta aqui para nos responder que necessitamos tão somente de uma fé simples. Ele quer nos convencer de que mais importante que ter uma grande fé em Deus, é termos fé em um Grande Deus!


O nosso Pai Celeste deseja que mantenhamos viva a certeza de que basta simplesmente nos colocar nas mãos do nosso Salvador com nossas fraquezas, limitações, falhas e lutas diárias com a fé de uma criança. É isso que fará diferença em nossa vida espiritual e nos dará poder para remover as nossas montanhas!

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

“DEIXEM ENTRAR O REI DA GLÒRIA”



“Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó portais eternos, para que entre o Rei da Glória!” ( Sl 24.7)

 

Esses versículos são messiânicos, pois, Jesus é O Rei da Glória! São palavras proféticas que irão se cumprir quando a Porta Dourada que hoje se encontra bloqueada por um muro que impede o acesso ao monte do Templo, finalmente for aberta. A impressão que temos é que as portas estão fechadas para sempre. E essa é exatamente a ideia do inimigo: trancar para impedir a entrada do Messias. O povo de Israel declarou certa vez: “Não queremos que este reine sobre nós” (Lc 19.14).

 
Na vida de muitas pessoas também há uma “Jerusalém”, cuja porta parece estar eternamente fechada: o coração! Deus tem interesse e ama a porta do nosso coração.  “O Senhor ama as portas de Sião” (Sl 87.2). Ele quer que a deixemos aberta para receber Jesus e ai estabeleça o Seu trono. O nosso coração deve ser a “capital de nossa vida”, onde Cristo seja O Rei e Senhor.

 
A Bíblia diz que quando Davi conquistou Jerusalém, ele a estabeleceu como a capital de Israel e governou a partir de lá; diferente do rei Saul que não tinha uma sede de governo definida e governava de onde achava melhor ou necessário, muitas vezes vitorioso, mas, inúmeras vezes desobediente, na sua própria força e completamente indiferente às orientações do Senhor. Saul e seu reinado não servem de modelo profético para o reino de Jesus, mas o de Davi sim! Nossa vida tem refletido a época de Saul ou a de Davi? Precisamos ser a geração daqueles que buscam a Deus e cuja vida deve ser uma ilustração para o reinado de Jesus Cristo. Devemos ser um povo que ora para que venha o Rei da Glória e finalmente estabeleça o Seu Reino que jamais terá fim.